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Textos - Olimpíadas Língua Portuguesa

  • Professora: Ana Paula
  • 17 de ago. de 2016
  • 5 min de leitura

Amor Verde e Azul

O local onde vivo

É um município verde e azul.

O nome dele

É Santa Fé do Sul.

Aqui vivo momentos

Muito especiais.

Posso visitar e conhecer

Lugares muito legais.

Águas belas e claras

Ressaltam sua beleza,

Suas árvores verdejantes

Enriquecem a natureza.

Uma cidade turística

Onde posso aprender,

Que além de atrações artísticas,

Sempre há algo novo a fazer.

Juliana Aguiar Stagliano. 6 ano A - E. M. Rosimares C. Benitez

Às margens do Rio Paraná

Nasci em Santa Fé do Sul, em uma pequena casa, construída de madeira de carvalho com rachaduras, que representava todo o esforço e capricho de meu avô, meu saudoso avô. Era de grande orgulho seus feitos, que me motivavam a seguir em frente uma grande jornada, que marcaria toda a minha vida.

Procurei o chão com a vista embaçada, até enxergar meus sapatos velhos, porém, especiais: eram feitos de uma forte camada de borracha, pregos e tiras de panos trançados. Enfim, os calcei, e logo vinha a imagem de minha adorada mãe, dizendo “Calça teus chinelos, se não tu vai pegar friagem, Edno”. Só de imaginar isso, em poucos segundos, esboço um sorriso em minha face.

Fui até a porta e, de lá, vi minha mãe abrir um largo sorriso ao me ver, me recebendo logo com um abençoado “Bom dia, filho!”. Eu reparava atentamente em seus fios longos de cabelos, perfumados e bem tratados. Não demorei muito para tomar meu delicioso e sagrado café da manhã e partir para a caminhada até a escola.

O caminho era de terra, o cheiro de barro molhado era evidente, bem regado pela chuva. No meio da estrada, o rio, por onde sempre passava e o via, belíssimo. A água era limpa, boa. Sempre quando passava por ele, pensava em um modo de ajudar as pessoas que, por obrigação, precisavam atravessá-lo de balsa até chegar a Mato Grosso do Sul, até que houve um dia em que, durante minha caminhada rotineira, encontrei um grupo de homens que estavam reunidos próximos às margens do rio, onde conversavam, carregavam ferramentas, gesticulavam e traçavam planos sobre uma grande construção. Sem pensar duas vezes, fui atrás deles, com muita alegria. Pus-me a trabalhar por meses na obra, com suor e muito cansaço. Não me contenho em dar um belo sorriso de criança ao observar a ponte rodoferroviária, que transporta felicidade, principalmente a minha.

Um dia desses, quando recordava-me de todas essas passagens em minha vida, minha neta fez-me perguntas a respeito de meu passado, e fiquei muito orgulhoso ao ver sua lágrima de emoção ao ouvir minha pequena história.

Ana Clara Lopes - 7º ano B - E. M. Rosimares C. Benitez

Cadeira de balanço

Sentada em uma cadeira de balanço! Assim encontrei minha avó na varanda, logo após o almoço. Sentei no chão mesmo, estava quente, e ela – creio eu que tenha percebido minha presença, já que estava ressonando – começou a contar-me histórias de quando mudou-se para Santa Fé do Sul.

"O sol batendo em meu rosto me acordava todas as manhãs, e aquele cheirinho de pão quentinho saindo do forno, hmmm... Lembro-me como se fosse hoje; o amanhecer no sítio era sempre lindo.

Minha casa era simples, mas muito aconchegante, eu vivia com meu pai, minha mãe e meus nove irmãos, quatro homens e cinco mulheres. Meu irmão mais novo, Rafael, morreu com um mês de vida, pois naquela época, existia uma doença chamada “Mal-de-sete-dias”.

Quando escurecia, usávamos lamparinas, pois ainda não havia eletricidade, também água encanada, de modo que, para lavar louças, por exemplo, precisávamos retirar água do poço e lavar em bacias.

No sítio tudo era muito bom, muito gostoso. Eu estudava na escola “Agnes Rondon Ribeiro”, e todos os dias, às seis horas da manhã, pegava meus cadernos, os colocava dentro da minha mochila de pano e seguia meu caminho em direção à escola, junto com meus irmãos. Quando retornávamos, íamos para a roça colher algodão, apanhar feijão e limpar embaixo dos pés de café.

Nos mudamos para a cidade, logo que me tornei “moça”, onde comecei a namorar e, logo depois, me casar. Tive três filhos, duas mulheres e um homem, mas minha menina mais velha faleceu com apenas duas horas de vida.

Ganhamos uma casinha na COHAB Beira Rio, que foi o primeiro conjunto habitacional da cidade. Logo depois, meu marido arrumou um serviço na construção da ponte rodoferroviária, que liga o estado de São Paulo a Mato Grosso do Sul, onde o transporte era feito de balsa. Foi uma grande conquista, pois facilitou o trânsito entre esses estados...”

Era domingo, uma tarde qualquer, quando minha vozinha contou-me essas passagens – desconhecidas até então – por ela vividas, no balanço suave de uma cadeira. E segurando uma de suas mãos, enquanto a via cochilar, pensava na riqueza adquirida naquele pequeno espaço de tempo, de uma tarde qualquer... “Ah, cadeira de balanço, quantas histórias a sua volta ainda quero ouvir...”

Rafaela F. Fachini Bezerra. 7º anoB - E. M. Rosimares C. Benitez

Cidade Querida

Era uma vez uma cidade

As suas cores são verde e azul.

Qual o nome dela?

É Santa Fé do Sul.

Uma cidade que não é grande,

Mas tem muita riqueza.

Não de ouro ou diamante,

Mas sim, de natureza.

Antes, era só terra.

Não havia lojas, padaria,

Não sei como sobreviveria!

Hoje, a calmaria deu lugar à correria.

Cidade querida, cheia de vida,

De felicidade, amizade e amor,

Até mesmo quando passamos

Um pouquinho de calor.

Depois de ler esse poema

Você pode ter certeza

Que Santa Fé do Sul

Carrega muita beleza!

Ana Julia Alves de Paula 6º ano B - E. M. Rosimares C. Benitez

Memórias em tela fosca


Bem, em uma história como esta, você deve pensar que tudo começou em um belo dia ensolarado e mágico, mas não, foi um dia chuvoso, nublado e comum, eu tinha 7 anos, estava a caminho da escola, toda sonolenta, fazendo diversos desenhos na janela do carro, cheia de neblina. Algo chamou minha atenção, fazendo-me soltar do cinto e debruçar-me nela: a bela vista do cinema de Santa Fé do Sul, chamado CIC. Já quase me esquecera que o visitaria junto com a minha turma da escola, mas fui acordada de minha reflexão com uma bronca, me pediam para por o cinto novamente.

Ao chegar à escola, estava toda animada, corri para minha sala; não parava de olhar para o relógio e, quando começou a terceira aula, fui a primeira da fila a entrar no ônibus. Durante o percurso, fizemos a maior bagunça, estávamos muito animados. No cinema, todos os alunos subiram as escadas, desesperados pelos melhores lugares, eu fiquei na entrada, olhando aquelas placas que contavam tudo sobre o fundador, mas, mais uma vez, minha reflexão foi interrompida pela professora, que me pedia para subir.

A vista era incrível: poltronas vermelhas e uma tela branca estendida em um palco preto. Fiquei na quinta fileira junto com a professora; o filme não tinha cores vibrantes, era só uma cor fosca e escurecida. No início, não vi empolgação, olhei ao meu redor e ouvi conversas, bocejos, principalmente bocejos, e com o passar do tempo que se arrastava, a baderna tomou conta do ambiente. Eu estava quase reunindo-me ao restante da turma, quando algo soou-me alto; o filme já estava mais ou menos na metade, e foi nesse instante que sentei-me na primeira fileira, onde permaneceria até o fim do longa. Em alguns momentos, ouvi elogios dirigidos a mim, mas não tirava meus olhos da tela.

Ao ir embora, limpei a neblina do vidro, e não pude segurar uma lágrima que escorreu pelo meu rosto. Esse momento foi muito especial para mim, afinal o primeiro filme a gente nunca esquece, sendo algo muito marcante em minha vida.


Ana Laura Laureto Oliveira Batista – 7º ano A - E. M. Rosimares C. Benitez


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